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Homenagem da Equipe do OMC ao Professor Alexandre Blankl Batista

  • Foto do escritor: Observatório do Mundo Contemporâneo OMC
    Observatório do Mundo Contemporâneo OMC
  • 29 de mar. de 2018
  • 2 min de leitura

"Amigo ‘Blanqui’ (2018)

Amigo Blanqui

Seja lá onde estiveres

Escuta aqui meu desabafo

Um desabafo abafado

Choroso, dolente,

Mas sincero

Espero que não se importe com o bafo

A Osvaldo Aranha, o Parque Farroupilha

E a lata de cola...

Ouça o que tenho a lhe dizer

Enquanto tu animas a gauderiada por aí

Com rock n’ roll e hardcore:

Você foi luz

Raio, estrela e luar

Noite de São João

Manhã de Sol

Sob um céu de Blues

Que passou por aqui

E na dança das minhas lágrimas

Lembrou-me que existe uma estrada que nos leva a algum destino.

Você foi algo assim assim

Um sujeito diferente, inquietante

Quase uma faxineira... fascinante

A fazer-me passar a tarde inteira

Procurando uma palheta dentro da gaveta

A gaveta dentro do congelador

A geladeira dentro da banheira

E a banheira no meio do corredor

Para descobrir enfim

Naquele teu sorriso de marfim

Que o teu caso não tinha cura:

A palheta não estava lá

Mas cá em teus dedos.

Companheiro

Nos deixaste antes do combinado

Todo mundo anda meio desconsolado

A cabeça girando

Se perguntando

Que país é este?

Faroeste caboclo?

Teatro dos vampiros?

Mais do mesmo?

Pra continuar vivendo

Somente maluco beleza

Numa velha roupa colorida!

Como sabes muito bem, amigo

Por aqui o tempo não pára

Nossos inimigos (ainda) estão no poder

Continuam a repetir o passado e negar o futuro

Querem que a gente se acostume ao escuro

E apague de vez a luz da razão...

... Mas isso não!

Não vamos dar essa colher de chá

Temos o nosso próprio tempo

Tempo de lutar

Ainda é cedo para desistir

Nunca é demais resistir

Cantando contigo

Aquele trecho da tua paródia dos Beatles:

“Ele mente, ele esconde, distorce

A situação do Paraná

O nome dele é Beto Richa

Carlos Alberto Richa”.

Desculpe camarada

Se tudo isto agora não vale nada

Quando tua voz

Nossa voz

Se cala

Mas preciso compartilhar um sentimento:

Não sei por que você se foi.

Quantas saudades vou sentir

Sentiremos

Confesso que desconheço:

Não se mede essas coisas...

De tristeza vou vivendo

Na alegria de poder de novo

Sorrir...

Sei que aquele adeus não pude dar

Nenhum de nós realmente pôde dar

Porém não te esqueças:

Você marcou as nossas vidas

Viveu, morreu e reviverá nas nossas histórias

Podes estar certo de que não existirá medo e solidão a bater

Na porta dos nossos corações.

Amigo

Encerro este singelo desabafo

Atravessado de tristeza, lágrimas

E nosso bafo a essa altura da manhã

Com um pequeno versinho:

Amigo Blanqui

Podias não ser um fuscão preto

Com o seu ronco maldito

A desmoronar um castelo tão bonito

Mas eras feito de aço

Nosso peito, mesmo em pedaço,

Guardará a admiração, o carinho e o respeito por ti.

Um terno abraço

Dos teus amigos."

Autor: Rodrigo Paziani.

 
 
 

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